Adios, hermana
A fumaça muda
tênue companheira
sozinha conosco
só ela na verdade
comunga
a hora inteira de cada segundo de dor
o átimo todo da pequena alegria.
A fumaça muda como o ar que rodeia o morto no velório
vela o eu morto a cada cigarro
comigo.
Vela como eu o eu mesmo que se queima
a fumaça é a alma dos meus mortos que se vão.
a fumaça muda é meu pai
necessáio morto à um coração são.
São e forte.
Forte e só.
Só e agora
fumaça muda, minha companheira, adeus.
Foto de Graham Jeffery, no trabalho SENSITIVE LIGHT.
Comentários
Só um pequeno reparo: acho que no segundo verso da segunda estrofe você quis escrever "necessário". Ou não?
É cara, eu sinto isso aí mesmo e o luto tá difíííícil...