Assento
Das coisas que eu sempre achei das mais tristes são aquelas pessoas que ficam nas esquinas consertando cadeiras, aquelas cadeiras cujos encosto e assento são trançados. Não sei, me lembra sempre uma Penélope tecendo um fio sem fim, vestido de esperança mas feito de dor, só de dor. Daquela dor feita de espera e de paciência. Sempre é uma pessoa sozinha, tecendo uma cadeira...
E aí que hoje, gente, tanto tempo depois, eu vi uma pessoa na esquina tecendo cadeiras... e eu me lembrei do quanto eu achava isso triste, e hoje mais do que nunca, tempos tais que até juntos (ou quanto mais juntos) mais sozinhos nos sentimos. Naquela esquina, hoje, eu quase posso garantir ter visto a pessoa mais sozinha do mundo, a mais esquecida, mexendo num passado tão antigo, tentando recuperar, vendendo sua capacidade de recuperar...mas recuperar o quê meu Deus?
Quem hoje conserta cadeira?
E aí que hoje, gente, tanto tempo depois, eu vi uma pessoa na esquina tecendo cadeiras... e eu me lembrei do quanto eu achava isso triste, e hoje mais do que nunca, tempos tais que até juntos (ou quanto mais juntos) mais sozinhos nos sentimos. Naquela esquina, hoje, eu quase posso garantir ter visto a pessoa mais sozinha do mundo, a mais esquecida, mexendo num passado tão antigo, tentando recuperar, vendendo sua capacidade de recuperar...mas recuperar o quê meu Deus?
Quem hoje conserta cadeira?
Comentários
Mas, mudando de assunto, visitei o Zoomi. Que coisa bacana!
Um abraço!