Um adeus e um desejo
Acabo de ver no Facebook um anúncio do falecimento de uma senhora de 84 anos. Como homenagem, o filho coloca uma foto (maravilhosa) da mãe e os 7 filhos. Isso mesmo, SETE FILHOS. Todos pequenos. E ainda descreve, no post, que ela foi assim, com 7 crianças, para o exílio.
E hoje ela morreu do coração.
E aqui meu coração se aperta numa mistura de sentimentos... essa mulher não somente cuidou de seus filhos, ela os pariu. Passou por cerca de 42 meses de gravidez (somando-se todas as gestações) e depois os fez crescer.
Uma mulher.
Não há outro modo de vir ao mundo, amigos, se não pela barriga de alguma mulher.
Só isso deveria ser suficiente para que as mulheres fossem algo assim, como a vaca é na Índia. Na índia, que tristeza, que trata tão mal suas mulheres. A Índia, como tantos países que ainda violentam e matam as mulheres, todos os dias. Ainda matam suas mães, as que são e as que poderiam um dia virem a ser.
Somado a isso, num âmbito mais singelo, passa por mim, também uma nuance de tristeza: um dia, talvez, meu filho vai anunciar que eu me fui, sei lá em que plataforma (se é que ainda existirá esse conceito) e talvez, quem sabe, com o mesmo pesar, o mesmo agradecimento, a mesma admiração.
Mas diante desses sentimentos todos eu gostaria muito de lá no futuro, ter-me ido assim, também pelo coração. Eu e todas as mulheres desse porvir, que morrerão de tanto amar, pelas mãos do tempo, unicamente, não as dos homens e do machismo deles.
E hoje ela morreu do coração.
E aqui meu coração se aperta numa mistura de sentimentos... essa mulher não somente cuidou de seus filhos, ela os pariu. Passou por cerca de 42 meses de gravidez (somando-se todas as gestações) e depois os fez crescer.
Uma mulher.
Não há outro modo de vir ao mundo, amigos, se não pela barriga de alguma mulher.
Só isso deveria ser suficiente para que as mulheres fossem algo assim, como a vaca é na Índia. Na índia, que tristeza, que trata tão mal suas mulheres. A Índia, como tantos países que ainda violentam e matam as mulheres, todos os dias. Ainda matam suas mães, as que são e as que poderiam um dia virem a ser.
Somado a isso, num âmbito mais singelo, passa por mim, também uma nuance de tristeza: um dia, talvez, meu filho vai anunciar que eu me fui, sei lá em que plataforma (se é que ainda existirá esse conceito) e talvez, quem sabe, com o mesmo pesar, o mesmo agradecimento, a mesma admiração.
Mas diante desses sentimentos todos eu gostaria muito de lá no futuro, ter-me ido assim, também pelo coração. Eu e todas as mulheres desse porvir, que morrerão de tanto amar, pelas mãos do tempo, unicamente, não as dos homens e do machismo deles.
Foto do acervo da família. Thêreza Rabêlo e seus sete filhos antes da partida para o exílio. Belo Horizonte, 1964. Com respeito e agradecimento à Fernando Rabelo. |
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