Arranjando marido, desarranjando amigas*
(* título original do blog da Cris Talk)
“O quê?” Eu perguntei abismada à adolescente de 12 anos, amiguinha da minha filha. E ela repetiu, dessa vez melhor articulada para não deixar dúvidas: “Eu estava dizendo para a Lô que a gente pode morar junta até arranjar marido”. Minha filha me olhou com cara de espanto, sabendo que daqui viria bomba.
E veio uma saraivada. Um discurso feminista que iniciou indignado e terminou engraçado, quando enchi a bola das meninas e levantei a autoestima da casadoira. Ela riu e se achou. Talvez não tenha tido bom exemplo feminino em casa.
Até teve, mas resolveu seguir as idéias da avó, com quem passa a maior parte do tempo. Já que a mãe, advogada, divorciada, está ausente durante o dia labutando para sustentar casa e filha. Mas essa é uma outra conversa.
Como assim “arranjar marido”? E como assim “a gente é amiga até encontrar um homem”?
Infelizmente é um comportamento comum entre as mulheres. Já aconteceu com mais de uma amiga minha. A amizade vai muito bem até que elas “arranjam” um homem e somem. Ou reduzem a amizade a uma relação burocrática.
E ai de você se reclamar, pois vai parecer dor de cotovelo. Ciúmes. Não que eu não sinta ciúmes dos meus amigos (as). Claro que sinto. Mas aprendi com o mano Caetano a deixar o ciúme chegar e deixar o ciúme passar. Não é esse o bode.
É com a atitude mulherzinha que não lido bem. Você, amiga, é importante até ela encontrar o macho que será o centro absoluto da vida dela. Só vai voltar a te procurar quando a relação entre os dois estremecer. Aí adivinha com quem ela virá desabafar? Com a velha e confiável amiga.
Oi?
É difícil, para mim, falar mal de mulher. Sou corporativa, confesso. Mas ultimamente estou entregando as bandeiras. Triste constatar que o ranço machista tem grande contribuição feminina.
E se a amiga se envolve em treta com homem casado? A saia fica tão justa que atocha. Se você incentiva, sabe que está metendo a pobre em roubada. Se você a chama na real, periga ela ficar com o sujeito e parar de falar com você, por vergonha.
E aquela que briga com o bofe e de tanto ouvi-la chorar ao telefone altas horas da madrugada você começa a ajudá-la fortalecendo suas qualidades e lembrando os defeitos do sujeito. Mas aí ela volta com ele e te evita também para não lembrar o quanto já compartilhou as canalhices dele com você.
Casada ou namorando, nunca me afastei das amigas. Pelo contrário. É tão bom ter relações diversificadas. Uma não substitui a outra. Só soma. Maridos, namorados, amizades, filhos e quem mais chegar se entrelaçam numa rede confortável e gostosa.
Mais inteligente do que lançar todas as fichas emocionais numa relação exclusiva.
Moças, ouçam a voz de uma mulher experiente: a gente casa, descasa e as amigas ficam. E fica também a dica.
Os homens passam. Mas amigue, a gente fica. E bora tomar essa cerveja.
“O quê?” Eu perguntei abismada à adolescente de 12 anos, amiguinha da minha filha. E ela repetiu, dessa vez melhor articulada para não deixar dúvidas: “Eu estava dizendo para a Lô que a gente pode morar junta até arranjar marido”. Minha filha me olhou com cara de espanto, sabendo que daqui viria bomba.
E veio uma saraivada. Um discurso feminista que iniciou indignado e terminou engraçado, quando enchi a bola das meninas e levantei a autoestima da casadoira. Ela riu e se achou. Talvez não tenha tido bom exemplo feminino em casa.
Até teve, mas resolveu seguir as idéias da avó, com quem passa a maior parte do tempo. Já que a mãe, advogada, divorciada, está ausente durante o dia labutando para sustentar casa e filha. Mas essa é uma outra conversa.
Como assim “arranjar marido”? E como assim “a gente é amiga até encontrar um homem”?
Infelizmente é um comportamento comum entre as mulheres. Já aconteceu com mais de uma amiga minha. A amizade vai muito bem até que elas “arranjam” um homem e somem. Ou reduzem a amizade a uma relação burocrática.
E ai de você se reclamar, pois vai parecer dor de cotovelo. Ciúmes. Não que eu não sinta ciúmes dos meus amigos (as). Claro que sinto. Mas aprendi com o mano Caetano a deixar o ciúme chegar e deixar o ciúme passar. Não é esse o bode.
É com a atitude mulherzinha que não lido bem. Você, amiga, é importante até ela encontrar o macho que será o centro absoluto da vida dela. Só vai voltar a te procurar quando a relação entre os dois estremecer. Aí adivinha com quem ela virá desabafar? Com a velha e confiável amiga.
Oi?
É difícil, para mim, falar mal de mulher. Sou corporativa, confesso. Mas ultimamente estou entregando as bandeiras. Triste constatar que o ranço machista tem grande contribuição feminina.
E se a amiga se envolve em treta com homem casado? A saia fica tão justa que atocha. Se você incentiva, sabe que está metendo a pobre em roubada. Se você a chama na real, periga ela ficar com o sujeito e parar de falar com você, por vergonha.
E aquela que briga com o bofe e de tanto ouvi-la chorar ao telefone altas horas da madrugada você começa a ajudá-la fortalecendo suas qualidades e lembrando os defeitos do sujeito. Mas aí ela volta com ele e te evita também para não lembrar o quanto já compartilhou as canalhices dele com você.
Casada ou namorando, nunca me afastei das amigas. Pelo contrário. É tão bom ter relações diversificadas. Uma não substitui a outra. Só soma. Maridos, namorados, amizades, filhos e quem mais chegar se entrelaçam numa rede confortável e gostosa.
Mais inteligente do que lançar todas as fichas emocionais numa relação exclusiva.
Moças, ouçam a voz de uma mulher experiente: a gente casa, descasa e as amigas ficam. E fica também a dica.
Os homens passam. Mas amigue, a gente fica. E bora tomar essa cerveja.
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