Dia 2 do meu aniversário: IMAGINAÇÃO
(Arte sobre o trabalho do Ateliê Favo de mel)
Desde pequena eu tenho um traço muito interessante (eu acho) eu sempre construí as coisas, imaginativamente e sempre pra melhor, para mais, com relação às imagens. Desde sempre eu quase sempre vejo mais, mais bacana. Isso acontece muito e com o nada: na rua, eu olho na calçada um brilhinho azul; eu NUNCA pensei é um papel de bala; eu SEMPRE penso: é um embrulho com uma jóia dentro. Em 99%dos casos é papel de bala. Em 100% dos casos eu sempre espero por coisas cada vez mais bonitas.
A mais longínqua memória que eu possuo é de, de mãos dadas com minha avó materna, ir encontrando embalagens de picolé e sempre imaginando que aquele próximo papel colorido ali na frente, é na verdade, um pedaço de brinquedo, uma perninha que esconde uma bonequinha.
Da mesma forma, eu não tenho pudores de imaginação. Eu me imagino num campo de papoulas, eu me imagino no Pantanal perto de uma imensa naja, lá no Tibet com todas as montanhas ao meu redor (chego a sentir a dorzinha do frio na ponta do meu nariz). Eu me imagino tomando café com a Madonna, fazendo uma caminhada com o papa, passando urucum com um índio Xingu.
Não põe mesa, não paga conta. Mas deixa a vida menos cinza.
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