O debate de Rosana Hermann

Observei a mim mesma atentamente nesta segunda-feira. Eu queria ir ao debate no Centro Cultural, mas estava, como sempre, indecisa. Não sabia se voltava pra casa e desfrutava do conforto de ficar blogando descalça, com as pernas em posição de lótus sobre a cadeira ou se enfrentava o trânsito, a chuva e ia, de fato, presencialmente, até o debate com o fundador da Wikipedia.
Inventei vários problemas mas superei todos. E fui.
Percebi algumas coisas que não tinha notado ainda. Quando eu peço alguma informação as pessoas sorriem para mim, com certo ar de familiaridade. Aconteceu com um taxista, com o manobrista do estacionamento, com uma pessoa na calçada. Com pessoas no Centro Cultural. Eu me sinto como se eu fosse prima de todo mundo. Simpático.
Peguei meu ingresso e fui até a sala Adorinan Barbosa.
Encontrei o Rodrigo Rodrigues do Vitrine, o Fugita e mais algumas pessoas conhecidas.
Fiquei ali, ouvindo e pensando, ouvindo e twittando, ouvindo e anotando.
As pessoas são muito parecidas. Observo na esperança de encontrar soluções para minha insegurança, minha arrogância e percebo que todo mundo é assim também. Todo mundo quer ser importante, quer parecer importante, quer impor respeito. Todo mundo fala mais de si do que de outros assuntos ,todos acham que seus pensamentos, opiniões e idéias são essenciais e interessantes. Somos todos iguais. E igualmente complicados e problemáticos.
Mas há muita gente bem-intencionada. E isso já é um começo.
O debate foi mais ou menos.
Mas não me arrependi de ter ido.
De vez em quando a gente tem que vencer a preguiça e vivenciar as coisas de perto.
Nesse aspecto, valeu.

(Fonte: Querido Leitor)
Li e não vi necessidade de dizer mais nada.

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