De tempo em tempos, quando leio alguma coisa realmente extraordinária, mingua em mim a água da nascente que já era um fiozinho.
Um dia um professor meu – porque disse de mim sem me conhecer – anunciou para o meu desmascaramento que todo mundo “comete poesia”. E quando leio o extraordinário, quase vejo, mãos ao alto, está presa: falsidade literária.
Se todo mundo secar o extraordinário ele tem menos de onde nascer, eu sei. Mas certas coisas ditas (ou escritas) calam até a intenção. Elas silenciam o espaço, as coisas, param a cabeça, dão vácuo no pensamento e por instantes, as palavras todas que lá estavam ficam mudas, um minuto de silêncio pela morte de qualquer tentativa a mais de se dizer aquilo de uma forma qualquer.
Falar o quê?
Um dia um professor meu – porque disse de mim sem me conhecer – anunciou para o meu desmascaramento que todo mundo “comete poesia”. E quando leio o extraordinário, quase vejo, mãos ao alto, está presa: falsidade literária.
Se todo mundo secar o extraordinário ele tem menos de onde nascer, eu sei. Mas certas coisas ditas (ou escritas) calam até a intenção. Elas silenciam o espaço, as coisas, param a cabeça, dão vácuo no pensamento e por instantes, as palavras todas que lá estavam ficam mudas, um minuto de silêncio pela morte de qualquer tentativa a mais de se dizer aquilo de uma forma qualquer.
Falar o quê?
Comentários
abalou a bloglândia em chamas!